domingo, 8 de novembro de 2009

- Lewis Carroll em Alice no País do Espelho:

- Não vou reconhecê-la, no caso de nos encontrarmos de novo - replicou Humpty Dumpty, em um tom de voz muito aborrecido, dando-lhe apenas um dos dedos para que ela apertasse. - Você é tão parecida com todas as outras pessoas!

- Em geral, é o rosto que faz com que sejamos reconhecidos - observou Alice, pensativa.

- É justamente disso que estou me queixando - disse Humpty Dumpty. - Seu rosto é igual à cara de todo mundo. Os dois olhos, assim... (marcando os lugares no ar com o polegar) o nariz bem no meio, a boca embaixo. É sempre, sempre, sempre a mesma coisa. Agora, se você tivesse os dois olhos do mesmo lado do nariz, por exemplo, ou a boca por cima deles, isso tornaria seu rosto mais interessante e me ajudaria bastante a reconhecê-la!

- Ah, mas não seria bonito - objetou Alice.

Porém, Humpty Dumpty apenas fechou os olhos e respondeu:
- Espere para dar uma opinião sobre alguma coisa até que a tenha experimentado.

4 comentários:

e precisa... disse...

Sim, beijemo-nos apenas,
Que mais precisamos nós?

com volúpia, com tesão
com saudade de mil anos
e a forca do desejo

Anônimo disse...

Não cesse.

Esse espaço aqui é aspiracional e inspiracional.

Moreno disse...

É sempre sempre sempre a mesma coisa!

Me lembra quando a Émilia queria reformar a natureza na obra de monteiro lobato. uma das reformas seria por os olhos na ponta dos dedos, assim poderiamos ver uma rua antes mesmo de dobrar sua esquina, por exemplo.

Eu acho divertídissimo exercitar a imaginação dessa maneira. Só discordo do humpty dumpty numa coisa: Não precisamos, muitas vezes, experimentar algo pra saber q está errado.

Isabella Barbalho disse...

Aê vanessinha amei *-*