- J. D. Salinger em O Apanhador no Campo de Centeio:
Há uns dois anos conheci uma garota que era ainda mais safada do que eu. Safada é apelido. De uma maneira meio marota, é claro. Sexo é o tipo da coisa que não consigo entender direito. A gente nunca sabe em que ponto está. Vivo estabelecendo uma série de regras sexuais para mim e aí, não demora muito, desobedeço a todas elas. No ano passado resolvi nunca mais ficar me esfregando com nenhuma pequena que, no fundo, eu achasse uma chata. Na mesma semana quebrei a regra - para dizer a verdade, na mesma noite. Passei a noite toda atracado com uma cretina terrível, chamada Anne Louise Sherman. Sexo é um troço que não entendo mesmo. Juro que não entendo.
Há uns dois anos conheci uma garota que era ainda mais safada do que eu. Safada é apelido. De uma maneira meio marota, é claro. Sexo é o tipo da coisa que não consigo entender direito. A gente nunca sabe em que ponto está. Vivo estabelecendo uma série de regras sexuais para mim e aí, não demora muito, desobedeço a todas elas. No ano passado resolvi nunca mais ficar me esfregando com nenhuma pequena que, no fundo, eu achasse uma chata. Na mesma semana quebrei a regra - para dizer a verdade, na mesma noite. Passei a noite toda atracado com uma cretina terrível, chamada Anne Louise Sherman. Sexo é um troço que não entendo mesmo. Juro que não entendo.
Um comentário:
Acho que todo homem passa por isso. Mas não entendo a perplexidade do personagem, não. Talvez o livro seja de uma outra geração, por isso o que parece óbvio pra nós pode não ser pro personagem. Sexo pode virar vício, e dependendo da abstinência, podemos consumir qualquer droga que sacie brevemente a nossa depência. Ainda que seja da pior qualidade.
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