quarta-feira, 21 de outubro de 2009

- Alex Haley em Negras Raízes:

Com a voz trêmula, Massa Muray leu bem devagar o que estava escrito no papel em sua mão, dizendo que o sul perdera a guerra. E fazendo um esforço tremendo para não sufocar, diante da família preta parada a sua frente, ele acrescentou:
- Acho que isso significa que vocês são tão livres quanto nós. Podem ir embora, se quiserem. Podem ficar, se preferirem. E quem quer que decida ficar, eu tentarei pagar alguma coisa...

Os Murray pretos começaram a pular, cantar, rezar, gritar, numa explosão de alegria renovada.
- Somos livres!
- Finalmente, livres!
- Obrigado, Jesus!

(...)

- Liberdade! Liberdade!

Ao ouvir, Uirah se levantou e saiu correndo da cabana. Foi primeiro até o chiqueiro e gritou:
- Porcos! Podem parar de grunhir! Vocês agora são livres!
Depois foi até o estábulo:
- Vacas! Podem parar de dar leite! Vocês agora são livres!
E em seguida foi para o galinheiro:
- Galinhas! Podem parar de botar ovos! Vocês agora são livres... E EU TAMBÉM SOU!

2 comentários:

someone disse...

De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.

Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.

Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.

(Neruda)

Anônimo disse...

Um dos melhores livros que jah li.